terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre o Rock (por Samir Saif Tomaz)


Não consigo entender a falta de esclarecimento de quem não consegue enxergar o Rock como ele é.
O Rock não é covarde, ele denuncia se for preciso, não se esconde atrás de metáforas.
Pelo contrário, as metáforas são para o Rock um instrumento estético, estilístico.
O Rock não é música do demônio, o Rock liberta nossos demônios, porque depois de tanta catárse, nossa alma se acalma.
O Rock transita, se usa "em" e "para" outros gêneros musicais, e não tem vergonha.
Ele não pede licensa, ele faz um favor ao incrementar o reggae, o samba, o funk, o soul, o jazz, o tango, o clássico, o rap e o pop. Quando ouvir alguns desses gêneros musicais e falar pra si mesmo: Cara, isso é diferente! - tenha certeza de uma coisa: Foi o Rock quem fez isso.
O Rock é capaz de sofrer uma regressão para se reinventar, tornar-se mais primitivo para se modernizar. Porque o Rock é um Deus Pagão. Atemporal e sem religião.
Ele pode ser barulhento sim, como pedra que bate o chão. É assim que o Rock manda a mensagem, fazendo tremer o corpo todo, alucinando todos os sentidos e tocando direto o coração.

Antonina, 26 de abril de 2011.
Samir Saif Tomaz, Roqueiro e Zurugo. 

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