Das coisas do coração e outras metáforas
O Baca
Aquarela ou Nanquim
São ruas estreitas, rabiscadas, curvas viradas à direita
São meninas indo embora acima de qualquer suspeita
Você fica aí, quietinho, aguardando na espreita
Qualquer prova que obtiver, entrega pra gente, a gente aceita
Mas foi o tom amarelo que borrou seus olhos vermelhos
E a própria tinta amarela causou efeito falso de luz do espelho
Mas que luz? Que trevas? Detalhes nos quais você se atrela
E fica saturada, pois a arte ninguém supera. Espera...
Espera os anos passarem...se for aquarela com o tempo desbota
Pois se fosse tinta nanquim na escrita do papel,
a caligrafia não retoca
Mas retoco seus traços, a maçã do seu rosto,
seu rosto minha caneta esboça
Esboço em minha mente, sou artista amor.
Das coisas criadas para gente.
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